terça-feira, 31 de janeiro de 2012

XIV PRÊMIO ESTADUAL IDEAL CLUBE DE LITERATURA Prêmio Juvenal Galeno – Poesia


O XIV Prêmio Estadual Ideal Clube De Literatura e o III Prêmio Nacional Ideal Clube De Literatura manifestam este exemplar com textos inéditos, onde na parte de destaques do livro estão trinta e um trabalhos sendo dois deles extraído de dois folhetos de cordel pertencente ao cordelista Cícero Modesto Gomes (Juvenal Galeno o Poeta dos Verdes Mares), e do Edson Ribeiro de Oliveira Neto (Um Jumentinho e uma Jumentada) ambos cordelistas são associados ao CECORDEL.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Fundação Biblioteca Nacional -DEPÓSITO LEGAL de cordel


A Fundação Biblioteca Nacional realiza a Campanha Literatura de Cordel na BN, visando à construção de um acervo de cordéis na Instituição que, embora responsável pela coleta, pela guarda e pela difusão da Cultura Nacional, ainda não possui acervo representativo da produção brasileira deste gênero literário.
    Contamos com a colaboração de cordelistas de todo o país, para que a Coleção Memória Nacional tenha a participação de autores da nossa literatura, e que abrigue, perenemente, a produção cultural de nossa nação. Para tanto, basta enviar no mínimo 01 exemplar de cada obra ao endereço abaixo, juntamente com um e-mail, para que possamos remeter-lhe um agradecimento eletrônico:

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL- DEPÓSITO LEGAL

Av. Rio Branco, 219 / 3and. Centro
20040-008 Rio de Janeiro/RJ
A/C: Daniele Del Giudice
Para maiores informações:
(21)2220-1892/3095-3950/3095-3951
ddl@bn.br
www.bn.br/depositolegal

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

    Cem anos do poeta Hermes Vieira
Por Guaipuan Vieira

 Hermes Vieira é um poeta nordestino, de ação consciente. Precisamente, um folclorista e indianista piauiense, de Valença. Nascido na Fazenda Caiçara em 23 de setembro de 1911. Aos 89 anos, na capital cearense, numa visão sintética e objetiva da realidade circunstante e transcendental, descrevia o mais lírico e narrativo dos poemas, entre o silêncio daquelas horas e o lugar à meditação. A imortalidade abraçava-lhe enriquecendo muito mais a sua gesta nordestina. Deixara dois livros publicados e alguns inéditos. (...) era um sonhador, visionário de um mundo todo vivido de experiências,, que deslumbrava sua avassaladora imaginação como um artesão e alquimista das letras, porque há um tempo ele assumia ares da poesia cabocla pelo dom de fazer de seus poemas a verdadeira expressão da poética folclórica, ora sofismando com espontaneidade a mensagem textual, ora dedilhado sua verve com romancista.


O mundo de Hemes Vieira
              Por Josias Carneiro
           (Da Academia Piauiense de Letras,
     na Apresentação do Livro “Piauí Sertão”-1988)

O mundo fantasioso de Hermes Vieira é uma colcha de retalhos da vida campestre. Os modismos da linguagem não transfigurados, a precisão de detalhes, as singularidades dos costumes dão ao poeta e escritor a medida da capacidade inventiva desse regionalista, indianista e cultuador devotado das manifestações populares do Sertão.


O vasto quadro do sobrenatural com suas assombrações, seus mitos, suas fábulas e costumes simples da vida rural, são a tônica da fecunda produção literária de Hermes Vieira.


Uma convivência intima e demorada com os selvícolas do Maranhão e Pará, motivou no poeta a elaboração de um léxico pratico da Língua Tupi.


Ardoroso enamorado da natureza, a maioria de seus poemas é feito em contato com a mata, nas caçadas semanais, trepado em árvores, na paciente espera do animal que pretende sacrificar. As forças físicas, a chuva, os relâmpagos, os trovões, o sol, as lagoas, as caatingas, os roçados, as queimadas, a fauna, os mistérios das selvas, enchem de harmonia e encantamento o seu volumoso Nordeste, obra monumental inédita igual a Lira Sertaneja, de Hermínio Castelo Branco e outros.


Hermes Vieira nasceu em 23 de setembro de 1911, na fazenda Caiçara, no antigo Município de Valença do Piauí pertencente hoje ao Distrito de Elesbão Veloso. Foram seus pais: o cearense Raimundo Rodrigues Cardoso Vieira e a jurumenhense Joaquina de Sousa Vieira. Quase não teve escolaridade. Pertenceu ao Corpo da Policia Militar do Piauí e trabalhou na extinta Campanha contra a Febre Amarela. Foi no decorrer desse último emprego que conheceu de perto a hiléia amazônica.


Desde criança tinha por ocupação brincar com as palavras, dando-lhes ritmos, harmonia e som. Concebe Hermes Vieira uma poesia sugestiva, rica de imagens, coloquial, imprimindo-se um cunho de genialidade e lirismo, na ampliação mágica e cósmica de sua riqueza imaginativa.


Os segredos impenetráveis da natureza física e espiritual alimentam-lhe a inspiração brilhante e arrebatadora. Seu poemeto O Cabeça -de - Cuia foge às estruturas dos entrechos repetidos e já vistos da tragédia.


A originalidade e o vigor em Hermes Vieira, estão presentes no ficcionismo dialogal mantido entre o pescador e o bicho apavorante do rio.



De A Musa Esquesida, eis os versos de Hermes, escrito em 1953




Fonte: http://www.amusaesquecida.com/2012/01/despedida.html



E assim descrevem os cordelistas:  

No estado do Piauí
Na fazenda Caiçara
Onde há mata de piquí
Terra fértil, terra rara,
Nasceu o Hermes Vieira
Com poética verdadeira,
Que entre a voz da grande massa
Se fez poeta de raça
Desta terra brasileira.

Sempre será mensageiro
Da cultura popular,
Com seu verso exemplar
Entre o solo brasileiro.
E eu pôs tinta no tinteiro
Pra lembrar seu aniversário,
Que completa um centenário,
Celebrando o nascimento
Desse vate de talento,
Que pra nós já é lendário.
   (Cariri do Cordel-Filho)

O poeta Hermes Vieira
Embora sem conhecê-lo
Pude ver pelos seus versos
Que versejava com zelo
E pra qualquer geração
Ele serve de modelo.

Seu verso metrificado
Tem sustento garantido
Passa seu recado claro
Para quem tiver ouvido
Tocando profundamente
Em quem também tiver lido.

Deste bom poeta li
Um verso que nos comove
Quem quiser experimente
Que tire a prova dos nove
Sinta o gosto do seu verso
Pois não tem quem lhe reprove.

Em nomes dos bons poetas
Que deram nesta carreira
A paixão em fazer verso
Perante cada barreira
De tantos nomes que têm
Menciono Hermes Vieira.

Hermes Vieira não teve
De contar em sua vida
Em receber homenagem
A tal honra merecida
Mostrada a sua pessoa
Mostro na sua partida. (Edson Neto)




                                    Há doze anos que não ouço
Aquela rima brejeira
De um verso concatenado
Com a métrica verdadeira;
Porque partiu no silêncio...
O poeta Hermes Vieira.

Estes anos mais saudade
De meu metre e pai amado
Que está no altar de cima
Com Cristo ressuscitado;
Porém hoje seu poema
  É por todos nós lembrado.

Sei que é de seu agrado
Estas justas homenagens
Que seu rincão Piauí
Traduz em suas mensagens
Lembrando o velho poeta
Por onde fez as paragens.
(Guaipuan Vieira -Filho)



Fiquei muito impressionado
Quando li Hermes Vieira
É um poeta popular
Que traz em si a verdadeira
E a mais legítima expressão
Cravada neste Sertão
De uma cultura altaneira.

Eu com seu conterrâneo
Me sinto muito orgulhoso
Pena que pessoalmente
Eu não tive o precioso
Prazer de ter conhecido
Hermes Vieira e sentido
Seu poetar valioso... (Gerardo Carvalho Frota(Pardal)


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

APOCALIPSE NA LITERATURA DE CORDEL

Quem escreveu o Apocalipse, e, para quem foi escrito? Não sabemos ao certo quem escreveu. O título que mais vale, para a tradição da Igreja, encontra-se em Apoc. 1,9; “irmão e companheiro na tribulação”. Este escreveu às comunidades (Igrejas) da Ásia Menor (Apoc. 1,4.9). O autor encontra-se como os demais, ou seja, perseguido pela fé, assim como estava a situação das sete igrejas (comunidades) da Ásia.
Na literatura de cordel a temática ao longo dos anos ganhou destaque nos versos dos poetas nordestinos. Consta que o último folheto escrito no final do século XX, foi este de José Ribeiro,cantador repentista, falecido em novembro de 2010.

O SOM DAS SETE TROMBETAS ANUNCIA O FIM DO MUNDO - Autores: José Ribeiro


Peço a permissão a Deus
Num pensamento profundo
Que inspire a minha mente
Aqui por cada segundo.
Só p´ra falar a verdadeira
Preparar a humanidade
Pra vindo do fim do mundo.

Está no santo Evangelho
A nossa preparação
Predita por Jesus Cristo
No seu profético sermão:
Que o mundo se findará
Céu e terra passará
Mas suas palavras,não.

Previu naquele sermão
A todos os seguidores
Quando as guerra começarem
Fizerem seus dissabores
Juntamente os maremotos
Com os grandes terremotos
São os princípios das dores.
(...)
Disse o Profeta Isaías

Alertando o pescador
Vem queimando como brasa
O último dia do Senhor.
Não há ninguém que suporte
Os homens procuram a morte
Pela causa do terror.

Virão os falsos profetas
Pregando em nome de Cristo
Fazendo grandes milagres
Que por aí se tem visto.
É o diabo desesperado
Porque está consumado
O reino do anticristo.

Daniel falou do medo
Que a terra se envolvia
Que tempo já se cumpriu
Essa santa profecia.
Na chegada da ciência
Aumentava a violência
É o que se vê todo dia.

Também previu Isaías
Que o mundo escurecerá
Por sete anos de trevas
O planeta passará.
Depois volta novamente
Sete vezes mais quente
A luz aqui brilhará.

domingo, 8 de janeiro de 2012

CECORDEL CONCLUI MAIS UM PROJETO "CORDEL SEMPRE VIVO NA SALA DE AULA"

O Centro Cultural dos Cordelistas do Nordeste - CECORDEL - concluiu no mês de dezembro passado a execução de mais um projeto. Trata-se do Projeto Cordel Sempre Vivo na Sala de Aula. Foi com este Projeto que a entidade conquistou o Prêmio Patativa do Assaré, promovido pelo Ministério da Cultura em 2010.
Sete poetas do Cecordel ministraram 40 oficinas (20 de cordel e 20 de xilogravura) em 20 escolas (10 municipais e 10 estaduais. Atingimos também o interior: o poeta Otávio Menezes foi até Poranga para ministrar oficinas de xilogrvura. O poeta Elmo Nunes, poranguense, ficou responsável pelas oficinas de cordel, nas escolas 
Escola de Ensino Fundamental e Médio Prudencio de PinhoEEFM Jardim Das Oliveiras (Escola indígena). Otávio foi também a Limoeiro do Norte, por ocasião do Evento Mestres da Cultura, e ministrou 2 oficinas (1 de cordel e 1 de xilogravura) para alunos de 3 escolas naquela cidade.
Aqui em Fortaleza, os poetas Guaipuan Vieira e Locarocas ministraram oficinas de cordel e xilogravura. Paulo de Tasso e Pardal oficina de cordel, que aconteceram na seguintes escolas muncipais: N.S.de Fátima, Roseli Mesquita, Thomaz Pompeu Sobrinho,Valdivino de Carvalho, Prof.Luiz Costa, HAROLDO JORGE, PROF. JACINTO BOTELHO, MA. DO SOCORRO A.CARNEIRO, VICENTE FIALHO, MARCOS VALENTIM P. DE SOUZA
As escolas estaduais visitadas foram: JOSÉ AURÉLIO CÂMARA, PROFA. ADÉLIA, MARIA GONÇALVES, Professora Maria Margarida de Castro Almeida, 3 Poranga e 3 em Limoeiro.
O Projeto tinha 2 principais metas: a edição de um kit de 12 folhetos de cordel de caráter educativo, feitos por 12 poetas do Cecordel. Este kit será distribupido entre os autores, o Cecordel, as escolas participantes e o Ministério da Cultura, para este 10% da tiragem que foi de 500 kits
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CECORDEL, DESDE 1987 INCENTIVANDO E PRODUZINDO LITERATURA DE CORDEL

 Posado pelo poeta Gerardo (Pardal)